Naquela manhã de quarta.
Óculos escuros para poder enxergar um lindo sorriso,
Naquele início do dia.
All star nos pés, leveza na alma.
Passos leves numa manhã de domingo
Wayferer para evitar o Sol
Tudo o leva a continuar sorrindo
Conversas alegres e uma carona num Gol
Todo um fim de semana girante.
Sou um código ambulante.
Poucas decifraram o meu coração, mas o grande mistério continua.
Mas o grande vazio continua.
Mas a longa vida segue então.
Segue mostrando várias verdades codificadas.
Sou um curioso que sempre quis conhecer o que não sabia.
Sou tudo o que consegui realizar.
Sou energia em movimento
dos que me amaram e que ainda me amam.
Bolo, saída para esquecer o bolo, batida de carro, medo, risco de morte, raiva, arrependimento, choro de mãe, desespero de amigos, carro destruído.Continuo vivendo, continuo sorrindo, mas nunca esquecendo.
Ele precisa de férias na Irlanda.
Precisa dirigir nas estradas da nação Celta.
Sentar em alguma praça de alguma cidadezinha e escutar um violino.
Um refúgio musical e sutilmente frio.
A fotografia pode ser um registro de algo mágico.
Uma foto pode também ser uma lembrança que não é mais real.
Ele viu uma foto há meses esquecida.
Então chorou.
Ele pensou em suas boas lembranças.
Algumas já foram esquecidas, algumas propositalmente apagadas.
O apagar voluntário é um escudo falho.
Tudo que se vive é para ser guardado, não esquecido.
Um som invadiu o mundo dele.
Era um violino.
O corpo dela é como um violino.
Belamente perfeito, magistralmente atraente.
O falar dela é a trilha sonora da vida dele.
O meu Outubro hoje não é o mesmo que eu idealizei.
Isso não quer dizer que ele está mais triste, muito pelo contrário.
Alguns aniversários importantes permanecem importantes.
Eu mudei.
Quem é aquela, que através da chuva, do vento e do mar eu consigo enxergar?
Quem é ela?
Ela é o caminho.
Como eu queria estar lá.
Light my way.
Ele tem uma necessidade especial esta noite.
Uma vontade sinestésica, um pensamento com gosto.
Sabor bombom formato de conchinha.
Ele só tem 20 anos e sua historinha.
Passou um semestre.
Ele sempre pensava, agora ele só lembra.
Ele tentou tanto não pensar que conseguiu.
Refletiu então:
Lembrar algumas vezes é diferente de pensar todos os dias.
Esquecer não, guardar sim.
Eu procuro algo para ocupar a minha mente, mas esta vontade de escrever e não ir dormir me persegue, me inquieta.
Queria falar do mesmo jeito que escrevo.
Sonho escrevendo.
Nada mais inesquecível do que um abraço que transborda alegria.
Sentir o calor de um contato sincero é como sentir a mão de Deus.
Hoje senti a mão de Deus.
Eu me entendo escrevendo. Só tem eu e este branco.
Ele me mostra o que sei, mas que tento esconder.
Por mais que eu tente são só palavras.